Após a trapalhada da Boeing, sem contar a pandemia, a Embraer precisou ser refeita operacionalmente.
Havia demitido muita gente, liquidara o estoque.
Frustrada a venda (ainda bem), era hora de refazer a empresa.
O mercado, acho que comentamos, não estava ruim, ao contrário.
A demanda já não era de aviões de grande porte, justamente o fator inibidor para a Embraer.
Fazer aviões de grande porte e competir com Airbus e com a Boeing não é simples, poucos países poderão se aventurar. China, com certeza.
Aviões médios, executivos, poucos assentos, são a melhor opção, hoje.
COVID, proximidade, já entendeu.
E a Embraer voltou a vender bem, novamente.
E a perspectiva futura ainda é boa.
Sim, ótimo.
Bom, o preço da ação explodiu, subiu bastante.
Dois fatores, conjuntamente.
Reapreciação da empresa/mercado e o dólar.
Embraer é listada em N. York, em dólares.
E seu preço em dólares é seu preço em reais, a arbitragem.
Mas, já subiu o suficiente?
Acreditamos que sim, acreditamos que tenha subido até mais que o suficiente.
Muito se fala, mas a Embraer não tem muito o que “inventar”.
Os pequenos aviões híbridos ou elétricos são interessantes para futuro, mas não somarão ao faturamento de forma significativa.
Seus jatos executivos ou de médio porte continuarão a fazer merecido sucesso. Embraer deverá voltar a dar lucro, em breve.
Não dá lucro, hoje!
Mas a demanda não é tão inelástica, quem encomendou, ótimo.
E a produção possui limites, físicos e operacionais.
A cura para a COVID virá e os gigantescos aviões retomarão seu rumo, em breve.
É nossa opinião.