Salvei o enorme relatório publicado  por uma associada à XP e fui ler.

Já no introito é clara a percepção, o analista irá “encucar” até com unha encravada.

– O reajuste seria pelo IGP-M, mudaram pro IPCA, disse.

E elenca diversas outras observações.

Estão erradas?

Não e sim!

Vamos entender, o assunto é ÁGUA, o “produto” mais essencial que existe.

O IGP-M é um índice que captura a variação cambial, daí beirar os 30% versus os 5,2% do IPCA.

Sanepar não possui endividamento em dólares, seus equipamentos, sua mão de obra, são remunerados em reais.

Difícil justificar o aumento pelo IGP-M, apesar de ancorado.

O enorme engano, a maximização de lucros.

E estamos falando de ÁGUA, viu?

Em razão de tal viés, os bancos brasileiros destroem a economia, destroem famílias.

Assim como andar de carro, comer carne, um luxo, hoje.

Sim, o reajuste da tarifa foi corrigido pelo IPCA. E foi bastante.

E continua: – a remuneração do ativo é insuficiente, o Paraná quer universalizar a distribuição de água/esgoto?

Não, não é.

E ele não quer, praticamente já universalizou.

Quase 100% dos lares paranaenses são abastecidos pela água da Sanepar, 80%  possuem esgoto.

Não será “muito” difícil Sanepar universalizar um serviço tão essencial, ele já É!

Um fato, o analista quer que o custo futuro da universalização do serviço seja antecipado?

Não funciona assim. A verba é captada junto a bancos de fomento e a amortização é de muito longo prazo, inclusive carência.

Só após a definição dos objetivos e da contratação do financiamento é que saberemos qual impacto advirá no fluxo de caixa da empresa. E o peso na tarifa.

Vamos ao que interessa ao mercado, o lucro.

Ora, o lucro da Sanepar é maior, apesar do porte da empresa, que o lucro da Magazine Luíza e Via Varejo, juntas!

Afinal, o que quer o analista,  procurar defeito com lupa?

Sim, ele quer ver a Sanepar privatizada.

Virou “moda”.

Não vejo como a Assembleia Legislativa do Paraná consiga aprovar tal disparate.

O objetivo do Guedes não deverá ser alcançado no Paraná, não.

Analise Petrobrás, analista.

Lá, o Guedes manda!

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