Combinaram com os russos?

Diz a lenda que o técnico Feola ensinava aos jogadores o que iria acontecer durante a partida Brasil X URSS.

Todos escutavam, atentos.

Eis que Garrincha, com um misto de ingenuidade e irreverência, pergunta: “já combinaram isso com os russos”?

O que mais se lê e ouve é a explosão que Magazine Luíza causará no mercado e etc. Que ela faz e acontece!

Tá, muito bom.

Só falta uma coisa, o MERCADO!

A renda do brasileiro está em queda, forte.

O desemprego é enorme.

Pra quem Magalu irá vender, quais clientes?

Há limites, há elasticidade, há utilidade-marginal. Quem comprou um bem durável em 2020, não repetirá em 2021.

Mag pode crescer?

Pode, mas imaginar uma Amazon é viajar demais.

Menos, mídia. Menos!

O EBIT de Mag ainda não superou 2018, sequer.

mag



E a energia?

Países modificam sua matriz energética, sim.

O Brasil modificou seu futuro quando optou por construir usinas hidrelétricas a fio d’água (Belo Monte).

Uma enorme usina apta a operar, integralmente, durante dois meses do ano.

O motivo, sócio-ambiental, correto.

Em tese.

A pretensa proteção à Amazônia e aos silvícolas, ela inexiste.

A Alemanha, durante a gestão do Partido Verde, optou por silenciar suas já silenciosas usinas nucleares.

E corre contra o tempo.

Eólicas, termo-elétricas, todo tipo de energia será bem-vindo. Aqui e acolá.

Teremos apagão no Brasil, na Alemanha?

Difícil dizer, mas o time alemão parece mais coeso, sim.




Como?

“Fertilizantes Heringer tem mais um dia de tombo feio nesta terça-feira; FHER3 acumula alta de 400% no ano” – Seu Dinheiro.

– A surpresa não é o tombo, mas a alta.

É um mercado altamente competitivo e a Heringer encontrará concorrentes mundiais.

Tivesse o Brasil o hábito de amparar suas empresas, o seu mercado, tudo bem.

A China o fará, a Índia, os EUA.

Se a Petrobrás, que é a Petrobrás, cedeu e lacrou sua fábrica de fertilizantes!

Que a Heringer tenha sucesso, é o desejo.

Dados demonstrativos de resultados:

Últimos 12 meses
Últimos 3 meses

Receita Líquida
2.568.420.000
Receita Líquida
741.293.000

EBIT
246.513.000
EBIT
96.493.000

Lucro Líquido
-1.646.020
Lucro Líquido
-7.456.000

Como

VIA VAREJO VVAR3?

Longe de querermos discordar dos demais analistas, mas não “morremos de amor” pela Via Varejo.

Seu EBIT, com exceção do 3º trimestre de 2020 (impactado por créditos tributários não recorrentes), não cresceu

Sua margem é baixa, não distribui dividendos. O “crescimento” de nosso PIB não a alcançou. Desemprego muito forte, auxílio-pandemia reduzido, baixa reposição de bens duráveis, as vendas de VIA não devem ter crescimento substancial.

Tecnicamente, espera-se que uma empresa seja lucrativa e que satisfaça seus acionistas com uma farta distribuição dos lucros.

Ou que gere tal expectativa em período relativamente breve.

‘No longo prazo estaremos mortos”, ensinava Keynes.

Via está longe disso.

Porém, isso funciona para outros mercados, mas não para o mercado brasileiro, influenciado e dominado por uma mídia altamente concentrada.

Tal mídia faz o mercado, como fez com Magazine Luíza.

Não, não queremos brigar com o “mercado” brasileiro.

Que a Via Varejo seja feliz, muito feliz.

Mas não casaríamos com ela.

Via

A Bolsa atingiu o topo?

Não!

O topo foi em 2011, ano em que a Bovespa bateu em 42 mil pontos,  mas em dólares.

Falar da Bolsa em reais seria imprudente, a moeda do mercado é o dólar.

O que isso quer dizer, vamos bater nos 200 mil pontos?

Não é crível.

O crescimento do PIB, que carrega 03% do ano anterior, não será maravilhoso.

Crescemos alguma coisa no 1º trimestre de 2021, mas não houve crescimento generalizado.

O consumo das famílias não cresceu, o setor de serviços tampouco.

O Estado está engessado pela Lei do Teto.

E sem contar a pandemia, bastante presente.

O fato, o crescimento do PIB foi até ruim, mas os meios de comunicação ao Mercado, Infomoney, Money e etc., pertencem à corretoras.

A informação não é confiável, é tendenciosa.

Aliás, bastante tendenciosa.

A SELIC sofrerá novos aumentos, a inflação está alta.

A cotação do dólar será influenciada e trará reflexos para a balança comercial.

Há muita água para correr, o momento pede calma.

Capturar.JP

Vale, unanimidade?

Vamos falar dela amanhã?

Vamos?

Vc. já ouviu falar em monopsônio?

Talvez não.

Oligopólio, já.

O monopsônio é um “mercado em que há apenas um comprador para os produtos de vários vendedores” (dicionário Priberam).

Pensou na Vale?

Deveria.

A Vale exporta algo como 65% de sua produção para a China. Bom, nem tanto, finge exportar para a Suíça para pagar menos impostos no Brasil.

Mas isso não nos interessa, no momento.

Já pensou nisso, a Vale depende exclusivamente da China?

Nosso ferro, explorado (e como) pela Vale, é muito bom.

Mas não somos exclusivos, o minério australiano é bom e o africano (muito bom) começa a ser cobiçado pela China e Austrália. A Vale desistiu depois do escândalo.

Previmos isso em 2008, sim.

E não vamos nos esquecer da Rússia, outra gigantesca produtora, apesar do minério não ser tão bom.

A Rússia estreita seus laços com os chineses ostensivamente.

Não, não queremos dizer que a Vale deixará de exportar para a China, seria muito ruim.

Mas colocar os ovos no mesmo cesto, um monopsônio, pode ser incômodo, talvez.

Vc. já tinha pensado nisso?